Fonte: blog.solutionservices.com.br
Acidentes de trabalho podem trazer danos irreversíveis ao trabalhador, além de muita dor de cabeça para o empregador. Existem hoje vários equipamentos de segurança capazes de evitar a maioria desses infortúnios, contudo, o uso do EPI nem sempre é levado a sério pelos colaboradores.
Os dois principais motivos para incentivar o uso do EPI são a promoção da saúde e da segurança dos colaboradores, por um lado, e a proteção do empregador, por outro.
EPIs são desenvolvidos para sanar ou amenizar riscos de acidentes, diminuindo a probabilidade de lesões que incapacitem temporária ou permanentemente o trabalhador de exercer sua função. Além disso, eles previnem o desenvolvimento de doenças ocupacionais — aquelas que surgem e se agravam em consequência de atividades realizadas no ambiente de trabalho.
É de responsabilidade do empregador garantir não só o fornecimento, mas também o uso desses EPIs. Logo, caso seja detectada a não utilização, multas serão aplicadas ao empregador. Além disso, acidentes de trabalho envolvendo colaboradores desequipados podem implicar em processo civil e até criminal.
Da mesma forma, o empregador que fornece os EPIs adequados e oferece treinamentos pode disciplinar com advertências o colaborador que, ainda assim, se recusar a utilizar o equipamento. Pode até demiti-lo por justa causa de acordo com a recorrência dessa recusa — caso seja capaz de comprovar com documentos a negligência do funcionário.
Tendo em vista o papel do EPI na segurança e na saúde do trabalhador e do próprio negócio, é fundamental saber como incentivar o seu uso. Vejamos, então, cinco dicas que vão ajudá-lo nisso.
O primeiro passo é tentar descobrir o que impede ou inibe os funcionários de usar os EPIs. São vários os motivos que costumam ser alegados aqui. Há quem diga que os equipamentos demoram muito para serem vestidos, que são desconfortáveis, ou mesmo que se desconfia da sua higienização. Nesses casos, vale a pena fazer uma pesquisa para verificar se há reclamações desse tipo e averiguar se elas conferem.
Avalie também:
* se há um tempo reservado para os colaboradores se equiparem apropriadamente;
* se o design do EPI está adequado às atividades e movimentos que costumam ser executados;
* se eles estão sendo limpos na frequência correta.
É muito importante dar o exemplo e utilizar os EPIs sempre que estiver num espaço ou atividade que os exija. Afinal, quando um líder desrespeita uma regra da empresa, ele acaba relativizando a sua legitimidade diante dos colaboradores — e, consequentemente, os encoraja a desrespeitá-la também.
Algo que você não pode permitir que os seus colaboradores afirmem é que eles não sabiam da obrigatoriedade do uso do EPI ou da forma correta de utilizá-lo. Essa situação é sanada por meio da aplicação de treinamentos — de preferência, oferecidos por profissionais da segurança do trabalho.
Para evitar casos de esquecimento, utilize das ferramentas de comunicação interna para fazer campanhas sobre o uso do EPI na empresa. Cartazes de fácil leitura e bem posicionados já podem ser o suficiente para não deixar que a pressa e a falta de memória diminuam à aderência ao EPI.
A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) é uma organização interna composta por funcionários que também terão a atribuição de checar a observância das normas de segurança, tanto pela parte da empresa — no caso da oferta e qualidade dos EPIs, por exemplo — quanto pela parte dos seus colegas. E vale lembrar: a CIPA é regida pela Norma Regulamentadora 5.
Por fim, além de tudo isso, é fundamental que os funcionários se conscientizem de que acidentes e doenças de trabalho não são ocorrências tão raras quanto podem pensar, e que, sim, podem acontecer com eles.